quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PRIMAVERA NOS OSSOS

Formato: Livro

Autor: LEILLA, ALLEX

Editora: CASARÃO DO VERBO

Assunto: LITERATURA BRASILEIRA - ROMANCES

R$25,00

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quinta-feira, 19 de julho de 2012


Agora estou superbaratinha, só R$ 9,90, pra quem quiser, na Saraiva do Shopping Barra!


domingo, 15 de julho de 2012


Depois de Fazer Poesia na Bahia, é a vez da prosa. Em Fazer Ficção na Bahia, estarão presentes Állex Leilla (autora de Primavera nos Ossos, selecionado pelo Programa Petrobras Cultural; doutora em Literatura, professora da Universidade Estadual de Feira de Santana), Laura Castro (premiada com a bolsa Funarte de criação literária, transformou textos publicados em blog no livro Cabidela: Bloco de Notas, lançado ano passado), Mariana Paiva (também jornalista e mestranda em Cultura e Sociedade, lançou seu primeiro livro, Barroca, de crônicas poéticas, em 2011) e Tom Correia (reconhecido ficcionista, autor de livros como Sob um Céu de Gris Profundo, editado com apoio de edital da Fundação Pedro Calmon, vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia), mediados por Luciene Azevedo, doutora em Literatura Comparada, professora do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia, pesquisadora de prosa literária latino-americana a partir dos anos 1990.

Fazer Ficção na Bahia: 17 de julho (terça-feira), 18 horas

Onde: Cine-Teatro Solar Boa Vista (Parque Solar Boa Vista, s/n, Engenho Velho de Brotas – Salvador/BA)

Entrada Franca
Realização: FUNCEB/ SecultBA

sábado, 7 de julho de 2012


Lançamento de Primavera nos Ossos, no Seminário de Literatura Baiana da UEFS, Feira de Santana (BA), em 20/06/2012.
Na foto: Mariana e Állex Leilla

domingo, 1 de julho de 2012

Selo Verde-Amarelo

Através do blog SELO VERDE-AMARELO, é possível acessar informações acerca dos livros já publicados que foram selecionados pelo Programa Petrobras Cultural. O blog é mantido por Giuseppe Zani (supervisor de projetos culturais da Petrobras).

Os dados disponíveis são:
sinopse; dados biográficos do autor(a); trecho do livro; material de divulgação; resenhas; entrevistas; notas e/ou reportagens a respeito de seu lançamento.

Acesse:

http://marca-livros.blogspot.com.br/2012/06/primavera-nos-ossos-allex-leilla.html

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Na foto: Aleilton Fonseca, Adelice Souza, ÁLLEX LEILLA, e Carlos Ribeiro, em 20/06/2012, na UEFS. Seminário de Literatura Baiana, evento promovido pela Pós-Graduação em Literatura e Diversidade Cultural, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), com depoimento de autores e lançamento dos romances "Primavera nos ossos", "Abismo" e "O homem que sabia a hora de morrer".

domingo, 13 de fevereiro de 2011









Sete dias. Somente sete dias depois, ela pegou num aparelho telefônico e ligou pra Michel. Nesse espaço de tempo, podia ver e sentir com mais brandura os hematomas ce-dendo, aos poucos, à cor natural da pele, o fim da fraqueza nas pernas que veio logo após a hemorragia e o ódio incrustando, espalhando calos no cérebro.
No terceiro toque, ouvir a voz dele e sorrir. Como não sorrir emocionada ao constatar que não havia perdido o friozinho no baixo-ventre, cheio de ondas esquisitas que a voz dele provoca?
Pedir que ele fosse buscá-la para um passeio na praia. Para um café na esquina. Para um cigarro na chuva. Afinal, chove pra cacete em Salvador desde que ela deixou o hospital.
Antes que ele reclamasse pelo sumiço dela, perguntando onde ela estava, que história de hospital era aquela, e blá-blá-blá, Luísa, você me deixa preocupado, blá-blá-blá, Luísa, o q-q-há-contigo-?, não, meu amado, mas amado pra valer, aquele pelo céu predestinado, sem o qual a vida é nada, sem o qual se quer morrer, entenda: não será possível ouvir coisa alguma neste instante de fundura, de imprecisão. Só será possível, num arranco violento, certeiro, antes de qualquer pergunta ou censura, dar a notícia de galope, saliva quase faltando, voz sumindo do médio pro grave, inclusive pra ver se ela mesma conseguia acreditar na realidade saindo tão absurda e tão crua da garganta:
— Michel, escute: eu fui estuprada.
— O QUÊÊÊ???
Surpresa.
Esse grito abafado ninguém esperava.
Quase lhe cai da mão o aparelho telefônico.
Ele sempre fora um homem tranquilo. Calmíssimo. Chegava a dar nos nervos sua mansidão.
O descontrole viera, enfim.
Então é isto: até os homens mais tranquilos saem de si quando a violência invade as paredes de sua casa.
Muito bem, muito bem.
E ela, ela ainda fazia parte da casa dele? Ou tudo já se esgarçara e aquilo era resto de lealdade apenas, reflexos, refluxos, ecos do elemento água?
Sim, porque ele é de Peixes, ela lembrou a tempo.
Mas, ora, ora, a tempo de quê?
Miséria de vida! A quem importariam detalhes sórdidos que vêm justamente numa hora deplorável quando não se tem espaço, cabeça, vontade de lembrar coisa al-guma? Bobagens, ela reconsidera. Os detalhes, as referências. Que importância tem saber o signo dele?

TRECHO DE PRIMAVERA NOS OSSOS